sexta-feira, 24 de julho de 2009
quinta-feira, 23 de julho de 2009
Publicada por Pedro Pimpão à(s) 20:28 2 comentários
Etiquetas: É Bodo...
Afinal, há bodo ou não?
Passámos do 80 ao 8. Não importa. Estamos cá nós, as farturas e o Bodo.
Publicada por Paula Sofia Luz à(s) 18:31 1 comentários
Etiquetas: Bodo 2009
Eis-nos
Publicada por João Melo Alvim à(s) 12:58 1 comentários
Etiquetas: É Bodo...
quarta-feira, 22 de julho de 2009
BODO 2009
Este post serve de "nota de abertura" para o "nosso" Bodo de 2009. Está vivo? Está morto? Provem uma ou outra coisa, reafirmando (ou ignorando) aqui o vosso Bodo 2009.
Publicada por Gabriel Oliveira à(s) 18:25 0 comentários
Etiquetas: Bodo 2009
quinta-feira, 24 de julho de 2008
Retalhos da vida de um Bodo
Era um ano quente, como este. O cheiro dos cavalos misturava-se no ar com aromas de bolachas, sumos e chouriços de carne. Todos ali em exposição, todos movidos a força empreendora, daquela que nesse tempo era a imagem de marca de Pombal. Foi há uns 17 anos, por aí. O dia tinha sido longo, entre inaugurações pomposas (houve um tempo em que as festas justificam a vinda de dois ministros: um na abertura outro no encerrameno), correrias
muitas e, para mim, verdadeiro serviço de reportagem. É verdade: houve um tempo em que tudo era a sério: os jornais, as rádios, a camaragem. O Bodo. O agro-Bodo. A feira, a exposição. Eu nunca tinha estado frente a frente com um ministro e não poderia adivinhar que, pela vida fora, haveria de querer pagar para me manter longe deles e das suas inugurações e visitas. Era Laborinho Lúcio, esse, que entrevistei nessa tarde, que veio falar de um novo tribunal para Pombal, talvez. Pediu-me lume, depois. Fumávamos os dois SG Light, nesse tempo. Exemplo de humildade e grandeza, o homem percebeu tão bem a minha triste figura que fez de tudo para tornar mais leves aqueles minutos que pareciam anos. Depois voltámos a falar no Manjar do Marquês, para onde a Câmara encaminhava a comitiva, no jantar de abertura. Também me lembro dos jantares de encerramento. Às vezes cantávamos os parabéns ao Diogo. Nesse ainda não. Ele (já) andava por lá, claro, mas só uns anos mais tarde haveria de assumir funções de vereador e às vezes de fantasma, como este ano. Pois, isto não é de agora.
Voltemos ao largo da feira, ao Arnado de terra batida. Cumprida a função, ficámos por ali a comer farturas e a cantar. Estavam lá uns amigos do João Pimpão que queriam ir estudar para Coimbra e saber cantar fado. Alguns conseguiram. Mas nessa noite limitámo-nos aos sucessos de verão e aos popularuchos.
A barraca das farturas tinha duas mesas montadas à laia de esplanada. Já só lá estávamos nós. Na mesa do lado, dois rapazes que partiram já deste mundo. Um deles meteu conversa comigo. Fizémo-nos amigos. Explicou-me ele, a mim, que para as pessoas da cidade o bodo era aquilo: comer uma fartura e beber uma imperial à hora que nos apetecesse, de preferência tarde, e fazer cardal acima, cardal abaixo a rever amigos. Que o cartaz não interessava, ainda por cima pagava-se e a malta não estava para isso.
Eu nunca tinha vindo ao Bodo. Como eu, uma parte considerável de quem mora espalhado pelas 17 freguesias que povoam os tais 640 km2 que fazem o concelho de Pombal. Foi nesse ano que me senti pombalense pela primeira vez, mesmo antes de aqui morar. Como se aquela festa sempre tivesse sido minha e eu dela. Como hoje. O Bodo tem uma mística sim. Noutra dimensão que não esta, dos milhares de euros e da megalomania.
Foi isso que tentei passar ao meu filho. Acho que consegui. Fiquei toda orgulhosa quando o ouvi cantar o "oh meu pombal", que aprendeu este ano para a peça teatral da festa da escola, onde a turma recriou a lenda do Bodo.
É isso que vou passar à minha filha. Aposto que ela quis nascer antes do tempo porque queria ir ao Bodo, a gaja. Cardal acima, Cardal abaixo, que o estádio é muito longe e esse não é o meu Bodo.
Hei-de comer farturas e beber a imperial da ordem. Em memória desse amigo que me mostrou a essência do Bodo pela primeira vez. Chamava-se Paulo Guerreiro e morreu vai para dois meses.
Quanto ao resto...boda-se, como diria o Daniel Abrunheiro.
Publicada por Paula Sofia Luz à(s) 18:25 1 comentários
Etiquetas: memórias do Bodo
BODO é BODO...
Publicada por Pedro Pimpão à(s) 15:10 0 comentários
Etiquetas: Bodo 2008, Santo Amaro
quarta-feira, 23 de julho de 2008
Declaro o Bodo aberto!
A primeira fartura já foi provada. Venha o resto que vamos ter um Bodo que seguramente não deixará de ser fonte de inspiração para muitos posts!
Publicada por João Melo Alvim à(s) 16:38 1 comentários
Etiquetas: A tradição ainda é o que era
terça-feira, 22 de julho de 2008
Onde é que está a fartura?
Publicada por João Melo Alvim à(s) 11:20 3 comentários
Etiquetas: A tradição ainda é o que era?
domingo, 20 de julho de 2008
E chamam-lhe serviço público
Abençoada que fui com o nascimento da minha filha neste verão quente, dei comigo à sombra de casa, a assistir ao programa da RTP em directo da Praça Marquês de Pombal, que poderia ter sido uma excelente oportunidade de promover a terra e as gentes de cá, a partir daqui para o mundo inteiro. A verdade que as longas horas de emissão - que havemos de pagar, nós todos - revelaram-se aquilo de que já suspeitava: uma montra da feira de vaidades em que está transformado o Bodo deste ano, aqui e ali ofuscada pela triste imagem da populaça que vibra com os gritinhos saltitantes de João Baião e os olhares pseudo-matadores de Sónia Araújo. É o serviço público, dizem eles. E o público aplaude, sem saber muito bem o quê.Salva-se no meio deste quadro a vida que volta à praça, tão injustamente despovoada de tudo e de todos. Nem que seja por umas horas, há vida na praça outra vez e isso é bom.Sabendo o quão rica é a história de Pombal e das festas do Bodo, era de esperar que ali se desse a vez e a voz às tantas figuras - felizmente ainda vivas - que sabem contá-la. É claro que continuaria a haver espaço para o nosso João Faria e seus sete ofícios. Para sabermos o que manda a Pombal Viva e seu administrador, em tempo de vacas magras que Pombal ilude com este cartaz de luxo- que havemos de pagar, nós todos. E até, vá lá, para ouvirmos falar dos 9 km de costa que nunca podem faltar em discurso autárquico. Mas tinhamos a obrigação de mostrar ao país e ao mundo que há mais vida para além do Bodo, e que, mesmo esse, existiu antes de 2008 e desta organização à la rock in rio arunca. A obrigação, o dever e o direito - digo eu, já que não há programas de borla. Não sei quem fez a "selecção de pessoal" para as entrevistas promocionais. Mas sei que isto não é serviço público. É antes colocar os meios que nós pagamos ao serviço de um determinado público.Não percebi por que razão deslocaram Nelson Pedrosa (um exemplo de interesse e dedicação à investigação histórica e cultural) para a praça de toiros de Abiul, ao invés de o vermos e ouvirmos na praça. Lembrei-me de um programa da TSF, vai para uns 8 anos talvez, cujo conteúdo faria corar de vergonha este programa de entretenimento brejeiro. Sobraram pernas e bailarinas num espaço tão nobre. A tela gigante, que tapava as misérias dos prédios devolutos, como quem varre o lixo e o esconde debaixo do tapete, era também ela o cartaz do Bodo. Algumas caras de lá vieram a terreiro promover os cafés Mambo, a Câmara e o João Vila Verde na mesma frase. Rita Guerra fê-lo muito bem. Ana Malhoa idem, ao ponto de se "sentir em casa", como disse. Às vezes nós é que não nos sentimos, tal a usurpação que nos fazem dos valores, em troca de outros que mais alto se levantam.
O resto foi música.
(também publicado no Farpas)
Publicada por Paula Sofia Luz à(s) 21:22 2 comentários
Etiquetas: Bodo 2008