terça-feira, 31 de julho de 2007

E no entanto, ele move-se



Quando deixei a festa ontem à noite, tinha mil ideias para transmitir aqui sobre uma tradição que já não é o que era, sobre uma festa que cumpriu o calendário - o que "não é necessariamente mau", como diz o Alvim - e por isso a função: manter-se viva por quatro ou cinco dias, à conta dos espectáculos, dos carrosséis, dos insufláveis, das tendas, enfim, da imperal e da fartura.
Entre as primeiras horas da manhã e o café pós-almoço, as ideias mil redundaram numa global: neste Bodo que se findou ontem, ao som de um cocerto fraco (embora com uma plateia brutal), a aposta ganha chamou-se animação da Praça Marquês de Pombal. E isso mostra que em Pombal as gentes de cá têm saudades de viver a festa nesse clima de proximidade. Valerá a pena pensar melhor aquele espaço, de forma a moldá-lo a diferentes públicos. E sobretudo reflectir sobre este exemplo - sinal de que o Bodo se pode sempre reinventar, movendo-se no tempo e no espaço.
Depois há a festa na sua maior dimensão, que reúne no(s) mesmo(s) espaço(s) os pais, os filhos e os tios; as gerações de 50, 40, 30 ou 20. E essa será sempre igual a si própria: Haja imperial!

nota de rodapé: puxando a brasa à "nossa" sardinha, valeu a pena fazer isto. Foi um presente que demos a Pombal. E - porque não dizê-lo - à Câmara, que cumpriu a tradição, primando pela ausência publicitária. O retorno está à vista. E é isso que importa.

Viva o Bodo!

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