quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Exposição sobre a reforma do ensino...


Agora que o Bodo já lá vai, aqui estamos de volta ao nosso quotidiano normal. Confesso-vos que ainda não fui ver esta exposição que está patente no Museu, mas considero a temática extremamente interessante, por isso, aqui deixo o desafio de irem conhecer a exposição relativa à Reforma que o Marquês implementou no ensino. Têm até dia 31 de Outubro. Ver nota de imprensa.

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Cine-Clube

Caros amigos, eis uma proposta que não é só minha, mas da qual aqui faço eco: e que tal fundar um cine-clube em Pombal? Tudo ainda está muito verde, não se pensou em nomes, nem em formas de funcionamento, nada, nada, nada. Contudo, é conhecido o interesse que muita gente de cá tem por cinema (pelas boas "treilas" em especial).
Ora (e acompanhem-me neste raciocínio, que me parece interessante), Cinema é Cultura. E Cultura é Educação. E a educação vê-se é à mesa. Estão a topar? O raciocínio remete-nos directamente para uma guerra de talheres, reunião de características nocturnas, em local e data a combinar, mediante a manifestação de vontades, que se recomenda feita "ali em baixo", onde diz "comentários". Todos são bem-vindos, por isso... espalhem a notícia, e manifestem-se!

terça-feira, 31 de julho de 2007

É Bodo que não deu em fartura

Sim, o Bodo é uma festa como tantas outras, desde Vila do Bispo a Alfândega da Fé. Não fui eu que constatei a perda da sua "alma" e que me conhece sabe bem que isso seria a minha última preocupação.

O Bodo que conta é o Bodo que eu faço, junto dos meus amigos. Para isso só preciso de animação, coisa que houve este ano.

No que toca às bandas, mesmo não gostando do alinhamento (o deste ano não era particularmente inspirado, já que a ficar pelo que havia, era trocar Sábado por Domingo), trata-se de discutir gostos e aí um alinhamento exclusivamente meu afastaria meio mundo.

Quanto aos espaços de animação, a tão badalada tenda foi substituída pelo espaço entre o Madeiras e a Biblioteca. Pelo que me apercebi, os que por ali ficaram não se queixaram com a troca, pelo que deve ter resultado. Preferia o recinto mais cheio e com outro ponto central, mas foi o que se arranjou, mesmo sob o signo do arranjinho.

Quanto à Praça Marquês de Pombal, não tendo lá ido, todos me disseram que correu bem. Aposta ganha, leio abaixo. Espero que sim, sendo esse o grande resultado deste Bodo que de diferente talvez só o nome.


Não é que isso seja mau. Seguramente não é para quem quer animação, gente, ruas para peões e farturas. Cumpriu-se o calendário. Foi mau? Não, não foi. Foi festa. Que era o que se queria, não era?

E no entanto, ele move-se



Quando deixei a festa ontem à noite, tinha mil ideias para transmitir aqui sobre uma tradição que já não é o que era, sobre uma festa que cumpriu o calendário - o que "não é necessariamente mau", como diz o Alvim - e por isso a função: manter-se viva por quatro ou cinco dias, à conta dos espectáculos, dos carrosséis, dos insufláveis, das tendas, enfim, da imperal e da fartura.
Entre as primeiras horas da manhã e o café pós-almoço, as ideias mil redundaram numa global: neste Bodo que se findou ontem, ao som de um cocerto fraco (embora com uma plateia brutal), a aposta ganha chamou-se animação da Praça Marquês de Pombal. E isso mostra que em Pombal as gentes de cá têm saudades de viver a festa nesse clima de proximidade. Valerá a pena pensar melhor aquele espaço, de forma a moldá-lo a diferentes públicos. E sobretudo reflectir sobre este exemplo - sinal de que o Bodo se pode sempre reinventar, movendo-se no tempo e no espaço.
Depois há a festa na sua maior dimensão, que reúne no(s) mesmo(s) espaço(s) os pais, os filhos e os tios; as gerações de 50, 40, 30 ou 20. E essa será sempre igual a si própria: Haja imperial!

nota de rodapé: puxando a brasa à "nossa" sardinha, valeu a pena fazer isto. Foi um presente que demos a Pombal. E - porque não dizê-lo - à Câmara, que cumpriu a tradição, primando pela ausência publicitária. O retorno está à vista. E é isso que importa.

Viva o Bodo!

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Algumas impressões

Já na recta final do Bodo, apresento algumas das minhas impressões:
- Gostei de ver a Praça na sexta à noite. Cheia, repleta, lotada… Ao ponto de uma amiga, que estava junto à Biblioteca, ligar-me a perguntar se era o dia do concerto dos “The Gift”, porque o recinto ainda estava assim/assim…
- Gostei do concerto dos “The Gift”. É um orgulho ter uma banda assim em Portugal. Sem palavras para descrever um espectáculo tão bom.
- Ainda na sexta-feira, o espaço dos brinquedos, cachorros, indianos, peruanos e africanos estava um bocado vazio, muito mal-iluminado… Sinceramente… Não conseguem fazer nada melhor? Qualquer criança, a caminho do Bodo dos Pequeninos, ao ter que passar por lá se assusta…
- No sábado, foi bonito o desfile da Confraria do Bodo pelas ruas da cidade, mas há que reconhecer que a presença de outras 20 confrarias contribuiu para isso. De ressaltar ainda que muitos pombalenses estavam a perguntar “o que são esses senhores com capa?”. É o preço a pagar por algo que surge, quase exclusivamente uma vez por ano. E estranhei não ver a Confraria da Morcela de Arroz, que é vizinha. Não faria sentido a presença de uma congénere de Leiria?
- À noite, pouco posso dizer de Boss AC. Ouvi qualquer coisa, mas estava mais interessada em bater papo e olhar a estranha fauna reunida. Sinceramente? Não batia a bota com a perdigota. Havia qualquer coisa de esquisito nos “espécimes” que partilhavam o mesmo espaço.
No Domingo pedi desculpas à Santa e fiquei no meu resort. De ressaltar que acordei a pensar que era Sábado e, ao perceber que já era Domingo, voltei imediatamente para o vale dos lençóis.

sábado, 28 de julho de 2007

Tudo o que se me oferece dizer-vos hoje

BODO é BODO..

Depois da noite de quinta-feira que serviu só para aquecer...
Começou ontem oficialmente o BODO... e digo-vos que BODO é BODO e a noite de ontem foi muito concorrida. Primeiro, a novidade e que enriquece brutalmente o BODO: a nossa Praça ontem esteve completamente cheia e com um espírito formidável. Foi um espectáculo digníssimo protagonizado pelo Tó Silva e pelos Toninhos ;) que terminaram em grande com a nossa música de Pombal. Foi em grande!!!
Depois, o concerto também foi porreirinho e, apesar de não haver tenda, aquele espaço à frente da biblioteca foi muito bem conseguido para o efeito e a malta tem alinhado...
Vamos ver como corre o resto do BODO, mas que até agora as pessoas estão a participar, isso é inegável.
Post Scriptum: Mesmo assim, sou da opinião que as Festas do BODO devem ser repensadas e devem conseguir envolver mais a sociedade civil... mas isso são ideias e discussões que havemos de ter mais tarde ;)
Malta, bom BODO!!!!

sexta-feira, 27 de julho de 2007

Em mudança

E ontem foi a estreia. Não fui aos concertos nem aos carrosséis. Fica para hoje. O que me intriga é a tenda. Não é que a música fosse inteiramente do meu agrado, mas achava piada aquele ajuntamento a lembrar uma espécie de arremedo festivaleiro. Veremos como é que o largo funciona. A esse propósito, já aqui se lembrou a "evolução" do Bodo. Geograficamente, as propostas de alteração da festa implicam mais uma alteração que, curiosamente, devolve o Bodo à zona à qual o ligo na minha infância. No entanto, a questão é esta: o que é que distingue o Bodo de outras festas de outras terras, a não ser as nossas particulares lembranças? Confesso que não sou muito apegado à tradição ou a outras lembranças (até porque sou o primeiro pombalense "original" da minha família), mas se para mim mais uma mudança de espaço não me levanta problemas se calhar levanta a outros.

Sim, já cheira a bodo!

Quando fui para casa, entre o final da tarde e o príncipio da noite, senti-lhe o cheiro, finalmente.
A partir desse momento senti-me, enfim, no Bodo.
Cheguei-a-casa-e-jantei-vesti-o-joão-calcei-as-minhas-havaianas-todo-o-terreno-contei-ao Daniel-as-aventuras-do dia e...lá fomos! Carrosseis com eles.
Aquilo estava cheio de gente para uma quinta-feira. Percebi, então, que andava tudo com saudades da festa mas a disfarçar muito bem. Cansados os meninos (fomos com uns cousins), depois do trajecto da praxe entre o Largo do Arnado, a ponte sobre o triste Arunca* e o Cardal das farturas, deixámos o Gonçalo, a Isilda, o Mário e o Ventura a darem música ao pessoal (a partir daquela espécie de aquário que é o estúdio móvel da Rádio Cardal e que já é ponto obrigatório de visita) e fomos - eu e os meus homens - até ao recinto dos espectáculos.

Bem, isto merece uma pausa.

Não há tenda este ano. Já aqui foi dito (e lamentado). Aquilo este ano parece uma espécie de delegação dos Cafés "mambo" (isso é que eu não sabia!) Puro engano. É cervejinha que se vende por lá, conforme puderam testemunhar as centenas que por lá andaram até de madrugada, num processo devidamente "auditado" por algumas entidades oficiais e outras oficiosas. Coisa mai linda...
Salvou-se a noite, afinal, com a companhia de gente boa que encontrei por lá, em clima de Bodo. Mas a tenda faz falta, amigos...assim podíamos todos dançar aquela canção que eu vou pedir ao Alvim para colocar aqui, em baixo...

À falta dessa, o que me pareceu ouvir ao longe foi outra, ontem à noite. Aprendia-a com o Zé Manel Carraca, numa noite de Bodo de há uns 16 ou 17 anos anos:
Sou da vila de Pombal
Não nego a minha nação
eu não sou como você
que é de lá e diz que não!

*que é feito do repuxo? E da água...já agora


Isto anda tudo ligado!

Em relação às festas do bodo, e depois de uma pesquisa rápida, surgiu-me também este resultado, que me deixou estupefacto. Peço especial atenção à última frase do artigo!

Descubra as diferenças

Desafio os mais astutos a encontrarem algumas diferenças entre este progrma, este outro (2 anos mais tarde), e ainda um terceiro que veio à rede (onde raio é que fica a Azinhaga?), mesmo sem ser minha intenção...

quinta-feira, 26 de julho de 2007

As minhas memórias do Bodo.

Quando miúdo, o Bodo era a festa da terra, a volta nos carros de choque, a fartura e o passeio pelas tendas que se estendiam pelo largo do cardal até ao campo de futebol.
Vem-me a memória os expositores da freguesias e os animais expostos.
A verdade é que essas memórias se perderam e essas "coisas" também.
Hoje, resta-me as farturas que se compram onde está a fila maior (sabe-se lá porquê?!) e alguns espectáculos,....
Sei lá..., é provável que esteja a ficar cota demais para entender o Bodo hoje.
Aguardando melhores dias, espero que os visitantes não me estacionem a frente da garagem, que o fogo de artificio não seja muito tarde e que um dia o Quim Barreiros volte....




Outros tempos....

Quando era miúdo havia (pelo menos) uma visita obrigatória no Bodo, a ida ao Museu do Faria. Por esta altura era um ex-libris da cidade, atraí-a centenas de visitantes. Na altura o Museu estava instalado naquilo que é hoje o salão nobre da CMPombal. Ali podíamos apreciar a suas "obras" de taxidermia, os vestígios fósseis do nosso concelho ou a sua colecção de entomológica entre outros bichos. De tudo o que lá havia lembro-me particularmente do Macaquinho de charuto na boca a fazer rappel, simplesmente hilariante!!!! Hoje esse museu está encaixotado à espera de um espaço que talvez nunca mais venha existir. Mas agradeço ao João Faria pela paixão que despertou em mim desde pequeno, o gosto e respeito pela Natureza.

Outra visita obrigatória (e esta era daquelas imperdíveis) era o Agro-Bodo, onde todos nós tomámos contacto (muitos pela primeira vez) com espécies animais ligadas ao trabalho do campo e suas diferentes raças. Foi aqui que fiquei a saber o que era, por exemplo, o Boi Mirandês ou o Boi Charolês. Perguntem lá às crianças de hoje se os sabem distinguir? Pena que isto acabou, pois provavelmente era a parte mais pedagógica do próprio Bodo. Mas pergunto eu, porque é que acabou? Sabem? Eu não...

C'est quoi, le Bodo?

Já referi num comentário anterior que o baile da(o?) Pérgola era um dos simbolos mais vigorosos do Bodo, na minha opinião. Mas nesta eleição de "o mais característico", o meu maior voto (os meus 12 pontos) vai para os portadores da "boa-nova" ("le bon-nouveau") que nestes dias se concentram pelas ruas de Pombal. São os trajes à "joueur de basket-ball", o chapéu meio-rap-à-la-MCM-só-ligeiramente-equilibrado-em-cima-da-cabeça (ena, nem os alemães fariam melhor), ou na camada etária um pouco mais antiga, o fio de ouro, a meia branca, o calção debruado com a camisa cor-de-rosa (à Benfica), os cachuchos nos anelares (esquerdo e direito). E a mulher que corre em passinhos pequeninos atrás do marido, e o filho que finge que nem os conhece, porque ele é tão moderno e os pais são tão antiquados, e a filha que deslumbra aqueles que, por esta altura, têm como passatempo andar nas ruas a ver, precisamente, as filhas dos emigrantes que chegam. Um tremendo reboliço. Uma estética muito própria, sempre salpicada de palavras ditas ora em francês, ora em português, ora em "sei-lá-que-lingua-é-aquela" (outra "mega-expressão" que correu bem), é a turba, é a turba. Mas é bom.
A sério, não o digo com sarcasmo, não: é mesmo bom! E há por aqui uma identidade. Uma alma (que afinal, o bodo é capaz de ter tantas almas) da cidade no fim-de-semana do bodo. Uma festa dentro da festa, que me faria falta se algum dia não a visse...

O cromo no Bodo

Sou novata no Bodo. Só há uns cinco anos é que tenho oportunidade de apreciar os novos ‘espécimes’ que surgem, e ver algumas transformações no povo da terra. Gosto de andar na rua, para cima e para baixo, parando para cumprimentar as pessoas e trocar dois dedos de prosa. No final, sempre fica alguma ‘estória’ para contar.
A primeira foi hoje e já é um momento inesquecível: o fiscal mais famoso da Pombal Viva contemplava as roulotes das farturas com um ar pouco amistoso. Intrigado, um dos vendedores retribuía o olhar na mesma medida. Era ver a altura em que o cromo sacava do seu bloco e dava início às multas. Seria uma fartura (sem trocadilhos, por favor).

São Bodo

Durante muitos anos não andei por cá no Bodo, mas sempre gostei do ambiente de festa, da música nas ruas ("tara" que é comum ao Natal, apesar de chegando as alturas dizer sempre mal da selecção musical), do pessoal a tomar conta das ruas, de Pombal em festa. Hoje é diferente de antigamente, mas ainda me lembro dos tractores e das exposições, da alma do Agro-Bodo que já se foi. Mas as coisas são mesmo assim e hoje em dia o Bodo é pretexto para um dos dois jantares "obrigatórios" da malta, da ida aos carrosséis, de fingir que se ouve os concertos, para dançar (porque não) aqui na terra, já que opções destas já não há, eventualmente esticar a noite até de madrugada para umas deambulações que permitam muitas e variadas conversas, enfim, de viver as festas da Cidade na minha versão. Isso e uma bela fartura para iniciar a festa é o mínimo exígivel para os próximos dias...

Cardal acima, Cardal abaixo

Gosto do Bodo sobretudo por isso. Por poder andar na minha cidade sem o caos do trânsito no centro, com o cheiro a fritos de um lado e a espuma de imperial do outro, entrecortados estes com o das pipocas.
Talvez por isso, o que gostava mesmo é de voltar a ter concertos no Cardal. Bem sei que o espçao é pequeno, que junto à Biblioteca há outras "condições" (?), mas a minha noção de festa é essa, que é que eu posso fazer. Até das barracas de "quinquelharias" pela avenida abaixo eu tenho saudades.
Sou uma lamechas, eu sei. E provinciana q. b. Talvez seja uma maneira própria de gostar da minha terra: imaginá-la como gostaria de a ver.

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